A organização terrorista Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) exigiu a libertação de três de seus principais dirigentes em troca de soltar os dois turistas austríacos que capturou na Tunísia, e os quais ameaça matar antes da meia-noite de domingo se suas condições não forem cumpridas.
Segundo o jornal argelino em árabe "Annahar", os autores do seqüestro enviaram à Embaixada da Áustria em Argel uma mensagem com estas reivindicações.
O grupo exige a libertação de Amari Saifi, conhecido como Abderrezak el-Para, Bouderbala Fateh, apelidado de Abdelfatah Abu Bassir, e Musab Abu Abdullah.
Amari Saifi, um ex-pára-quedista desertor do Exército argelino, era o responsável para a região do Saara do Grupo Salafista para a Pregação e o Combate (GSPC), que se transformou em AQMI em outubro de 2006, e se encontra atualmente em prisão na Argélia.
Ele foi o mandante do seqüestro, em 2003, de 32 turistas europeus no deserto argelino e foi capturado no ano seguinte pelos rebeldes do Chade, onde tinha se refugiado.
Bourderbal Fateh, que se uniu aos islamitas armados em 1993, foi responsável pelas relações exteriores do AQMI, antes de ser nomeado chefe da célula em Argel da organização terrorista.
Foi detido no segundo semestre do ano passado pelos serviços de segurança argelinos junto a dois de seus lugares-tenentes e está atualmente preso.
O terceiro dos militantes dos quais os seqüestradores exigem a libertação, Musab Abu Abdullah, é um antigo coordenador do GSPC.
O jornal árabe "Djazair News" disse hoje que o líder dos autores do seqüestro dos turistas austríacos é Abdelhamid Abi Zeyd, um dos chefes do AQMI para a região do Saara. Esta seria a primeira grande operação que ele realiza longe do Sael.
Os dois turistas austríacos Wolfgang Ebner, um consultor de 51 anos, e Andrea Kloiber, uma enfermeira de 40, foram seqüestrados em 22 de fevereiro quando visitavam o deserto tunisiano.