Sete pessoas foram condenadas hoje à morte pela Justiça militar jordaniana por envolvimento no triplo atentado contra hotéis de Amã que provocou a morte de 60 pessoas em novembro do ano passado. Dos sete condenados hoje, porém, apenas uma iraquiana de 35 anos, Sajida al-Rishawi, está detida. Os outros seis réus foram julgados à revelia, inclusive outra mulher iraquiana. Pouco depois dos atentados, Rishawi confessou diante das câmeras de televisão que pretendia ter atuado como mulher-bomba em um dos hotéis atacados.
Os ataques praticamente simultâneos foram reivindicados por Abu Musab al-Zarqawi, o falecido líder do grupo extremista Al-Qaeda no Iraque, ligado à rede extremista liderada pelo milionário saudita no exílio Osama bin Laden. Zarqawi também começou a ser julgado à revelia no caso, mas a Justiça militar jordaniana retirou a denúncia depois de sua morte em um bombardeio americano em junho no Iraque. Ainda cabe apelação ao veredicto. Os réus foram condenados à morte por enforcamento.
A Corte militar concluiu que Rishawi e os outros seis réus são "culpados além da dúvida razoável" de participação no pior atentado ocorrido na história moderna da Jordânia.