Um porta-voz militar do Sri Lanka informou hoje que os 110 capacetes azuis
cingaleses acusados de terem usado serviços de prostitutas durante sua missão no
Haiti, algumas delas menores de idade, retornaram hoje ao Sri Lanka, onde foram
colocados sob custódia militar.
Os acusados são 99 soldados, dez membros
das Forças Aéreas e um marine, todos eles colocados sob custódia do Exército ao
chegarem hoje ao aeroporto internacional de Colombo, segundo o brigadeiro Udaya
Nanayakara.
O porta-voz assegurou que os acusados receberão a "punição
máxima" disciplinar caso as investigações revelem que são culpados.
O
Governo cingalês decidiu na semana passada retirar os 110 capacetes azuis do
país por causa de acusações que os relacionavam com "transações sexuais,
particularmente com o pagamento a prostitutas, algumas delas menores de idade",
afirmou então uma porta-voz da ONU.
O relatório que levou à retirada dos
efetivos foi elaborado pelo escritório de supervisão interna da ONU, em
colaboração com uma equipe de investigação do Sri Lanka enviada ao
Haiti.
Entre os repatriados está o vice-comandante do batalhão do Sri
Lanka, segundo a porta-voz da ONU, que ressaltou que o organismo e o Governo de
Colombo "lamentam profundamente" o episódio.
O Sri Lanka, que mantém um
contingente de 950 soldados no Haiti, e outros 18 países integram a Missão das
Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), que conta atualmente com
6.700 militares e 1.622 policiais.