Duas pessoas que têm cidadania dupla americana e iraniana, detidas no Irã sob acusações de ameaça à segurança nacional, foram exibidas hoje na televisão estatal. Uma delas admitiu que a fundação onde trabalha, do magnata George Soros, pode ter tentado prejudicar o Islã. As imagens de TV se seguem a um anúncio do Irã, no início deste mês, de que provas encontradas levaram o judiciário do país a conduzir novas investigações sobre Haleh Esfandiari e Kian Tajbakhsh. A TV estatal disse que os videoclipes que exibiam os dois eram uma propaganda de um longo programa chamado "Sob o nome da democracia", que será transmitido no final desta semana. Familiares e empregados dos dois denunciaram os videoclipes, ao afirmar que eles foram feitos sob coerção e ameaças.
Tajbakhsh, de 45 anos, é consultor em planejamento urbano no Instituto Open Society, do magnata George Soros, em Nova York, e Esfandiari, de 67 anos, é diretora do curso de Oriente Médio no instituto Internacional Woodrow Wilson, em Washington. Ambos estão detidos na prisão de Evin, em Teerã, desde que foram presos no início deste ano, sob acusações de ameaçar a segurança nacional do Irã. Duas outras pessoas que têm cidadania americana e iraniana também estão detidas, sob acusações semelhantes.