Nizar Trabelsi, um integrante da rede extremista Al-Qaeda colocado na semana passada no centro de um alerta de terrorismo na Bélgica, negou em carta publicada hoje pela imprensa belga que seus simpatizantes tivessem planos de libertá-lo ou de promover um ato extremista. "Nem antes, nem hoje, nem amanhã, o Estado belga será alvo para os muçulmanos", declarou Trabelsi na carta, publicada na edição de hoje do jornal La Dernière Heure.
Seu advogado, Marc Neve, também negou que Trabelsi tivesse planos de escapar. Em entrevista à emissora de televisão RTBF, disse que seu cliente "quer ter um bom futuro na Bélgica depois de cumprir sua sentença". Trabelsi, um ex-jogador tunisiano de futebol profissional, cumpre sentença de dez anos de prisão por ter planejado um ataque com carro-bomba contra a lanchonete de uma base aérea belga onde cem soldados americanos estavam estacionados.
Na última sexta-feira, a polícia belga deteve 14 pessoas suspeitas de participação em um plano para libertá-lo da prisão. Mas, 24 horas depois, um juiz determinou a libertação de todos os suspeitos por falta de evidências. Autoridades belgas mantiveram a polícia em estado de alerta elevado, em meio a temores de ataques durante as festas de fim de ano.