Dezenove crianças palestinas morreram nos primeiros dez dias deste mês nos territórios palestinos. Com isso, antes mesmo de chegar à metade, novembro já é o segundo mês mais mortífero deste ano para os jovens da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, alertou hoje o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O porta-voz Michael Bociurkiw comentou ainda que os ataques israelenses já feriram mais de 300 crianças em novembro.
"O que as crianças e os adolescentes palestinos enfrentaram nos últimos dias provavelmente terá um impacto duradouro", Bociurkiw disse em Genebra. "Eles viram familiares sendo mortos e suas comunidades destruídas. Eles foram confinados ao interior de suas casas, em muitos casos sem acesso a comida, água ou eletricidade", salientou.
Na madrugada de quarta-feira, bombas israelenses atingiram um bairro residencial de Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza. Dezenove crianças morreram, entre elas oito crianças. O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, qualificou o massacre como uma "falha técnica".
Desde o início do ano, as ações militares de Israel já provocaram a morte de pelo menos 116 crianças palestinas. Em todo o ano passado, 52 crianças palestinas perderam a vida em ataques israelenses.