Papa defende que é "direito humano" do servidor público se negar a realizar casamento homossexual
Considerado moderno, o Papa Francisco disse nesta segunda-feira, 28, que funcionários públicos podem se recusar a emitir licenças de casamento para homossexuais. O pontífice defendeu que isso seria um "direito humano" do servidor, caso isso viole a consciência dele.
O Papa foi questionado se apoiava funcionários do governo que não aceitassem emitir licenças para casamentos gays, mesmo que isso fosse contra a lei. "A objeção de consciência deve estar em toda estrutura jurídica porque é um direito", disse durante viagem de volta para Roma após viagem aos Estados Unidos e Cuba.
A pergunta foi feita repercurtindo o caso de uma servidora municipal de Kentucky, nos EUA. Ela se recusou a emitir uma licença matrimonial para um casal gay. A atitude dela contraria uma determinação da Suprema Cortes dos EUA, que legalizou casamentos do mesmo sexo.
Casamento gay
Apesar do Papa ter uma postura mais moderna e abrir espaço para algumas discussões na Igreja Católica, essa não é a primeira vez que ele se pronuncia contra o casamento entre homossexuais. Ele já discursou, inclusive, na ONU pedindo uma posição contra esse tipo de união.
Por outro lado, o argentino tomou atitudes propondo mais abertura na Igreja. Em 2013, ele disse que não julgava os gays e que eles deveriam ser recebidos nas Igrejas, caso fosse o desejo deles. Na época, ele defendeu que os homossexuais "não devem ser marginalizados", e sim, "integrados à sociedade".
Em fevereiro desse ano, ele também recebeu um grupo de católicos homossexuais para uma audiência no Vaticano.
No entanto, no que se refere ao casamento entre homossexuais, o pontífice tem condenado esse tipo de união.