Equador quer que a empresa baiana deixe o país após esquema de corrupção
A Assembleia Nacional (Parlamento) do Equador aprovou a expulsão da construtora Odebrecht do país. A medida faz parte de um conjunto de ações estabelecidas, nesta terça, 6, para prevenir e combater a corrupção. Eles também determinaram a chamada "morte civil", uma espécie de julgamento político do controlador Carlos Pólit, que está envolvido no esquema da empreteira baiana.
As ações foram aprovadas após debate com a oposição sobre as consequências do caso de subornos no país por parte da Odebrecht. O Legislativo do Equador também decidiu criar uma delegação de representantes de vários grupos políticos que vai se mudar para os Estados Unidos e para o Brasil para solicitar informações sobre o esquema envolvendo a empreteira.
O Parlamento também exigiu o término dos contratos que o país tem com a Odebrecht e que não seja aprovado nenhum outro projeto com a empresa. Além disso, é exigida a "reparação integral dos danos e prejuízos causados ao Equador por parte da Odebrecht".
O Departamento de Justiça dos EUA disse, em dezembro do ano passado, que a Odebrecht pagou cerca de US$ 788 milhões em propinas em 12 países, entre eles o Equador. No país sul-americano, a empresa pagou mais de US$ 35,5 milhões a funcionários do governo entre 2007 e 2016.