O governador de São Paulo, João Doria, contraponto a Bolsonaro na política de vacinas do país, estará presente no evento.
A edição online do Fórum Econômico Mundial, chamado de Davos Agenda, não vai contar com a participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O vice-presidente Hamilton Mourão, que comanda o Conselho Nacional da Amazônia Legal, é a maior autoridade brasileira no evento, que se inicia nesta segunda-feira, 25.
Bolsonaro tem recebido críticas de organismos internacionais por sua atuação no combate à pandemia do novo coronavírus e também por sua política ambiental. O colapso no sistema de saúde em Manaus devido à falta de oxigênio para pacientes com a doença foi o novo capítulo da crise entre o governo Bolsonaro e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O diretor executivo da OMS, Mike Ryan, chegou a alertar para a situação na capital do Amazonas e disse, em 15 de janeiro, que é “muito fácil” jogar a responsabilidade da crise sobre a nova variante do vírus encontrada na região. “Nós precisamos ser capazes de aceitar, como indivíduos, como comunidades e governos, nossa parte da responsabilidade para o vírus sair do controle”, afirmou na ocasião.
A programação do Davos Agenda dedica boa parte dos painéis a discussões sobre a resposta dos países à crise provocada pela pandemia e seus impactos na economia, no sistema de saúde, na educação e na desigualdade. Líderes de países como Alemanha, França, China e Japão, além de ministros de Saúde, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, e o CEO da Pfizer, farmacêutica que desenvolveu uma das vacinas contra covid-19, devem falar no evento, entre outras autoridades e representantes de bancos e multinacionais influentes na economia global.
Um dos painéis, sobre como repensar as cidades no pós-pandemia, terá a participação do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que tem se colocado como contraponto a Bolsonaro na gestão da crise da covid-19, principalmente na corrida pela vacina.