Aguirre Peixoto, do A TARDE
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Com cerca de 900 mil cabeças de gado, o rebanho da região de Itapetinga é o maior da Bahia e dá fôlego a uma pecuária que necessita de desenvolvimento técnico. A escassez das chuvas no território piorou a qualidade do pasto nos últimos anos e tem exigido dos criadores um melhor aproveitamento dos recursos naturais disponíveis.
A Adab (Agência de Defesa Agropecuária) contabiliza 6.600 propriedades em Itapetinga, às quais estão ligadas pelo menos 20 mil pessoas, em uma estimativa. A grande maioria se dedica à pecuária, enquanto os agricultores só produzem para o sustento próprio. Segundo Adriano Alcântara, diretorsecretário do Sindicato Rural de Itapetinga, a maior preocupação dos produtores atualmente é introduzir novas técnicas que os ajudem no aumento da produtividade e permitam a superação de dificuldades como a falta de água.
O sindicato, no entanto, queixa-se da baixa presença de técnicos do governo estadual para auxiliar no aperfeiçoamento dos produtores.
Os cursos de qualificação são oferecidos pela Faeb (Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia), da própria iniciativa privada. Na vacinação da febre aftosa, por exemplo, o governo só faz fiscalizar os comprovantes de vacina que os fazendeiros apresentam.
Não há um acompanhamento que ajude os produtores a aplicar de forma correta a vacina, explica Alcântara.
As grandes extensões territoriais das fazendas, necessárias para que os animais se fortaleçam e ganhem maior valor econômico, marcam fortemente a paisagem da região.
Para qualquer lado que se olhe, pastos imensos são ocupados por bois que posteriormente se transformarão em carne para abastecer todaaBahia.Umexemplosão os dois mil hectares da Fazenda Bela Vista, uma das mais antigas de Itapetinga, que também já sente as dificuldadesdafaltadeágua. O pasto seca e o gado não engorda, também não se reproduz, explica Carlito de Jesus, responsável pelo manejo dos animais na fazenda.