O democrata falou que vai entrarcom uma reclamação no TSE
O candidato Paulo Souto (DEM) classificou como "censura prévia" a decisão do juiz Cláudio Césare Braga Pereira, membro do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) de impedir que a coligação do DEM cite a suposta participação de Rui Costa (PT) no esquema de caixa 2 envolvendo o PT. "Nós temos um sentimento de indignação com o que está acontecendo. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado (TCE) já há algum tempo. A novidade foi o relato e ligações de Dalva Selle com integrantes do PT", disse.
O democrata também falou que vai entrar nesta segunda-feira, 29, com uma reclamação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar reverter a situação. Souto, o prefeito ACM Neto e o candidato ao Senado, Geddel Vieira Lima (PMDB), insinuaram a imparcialidade do juiz ao citar que ele é genro do ministro-chefe de Controladoria Geral da União, Jorge Hage, que foi indicado pela presidente Dilma Rousseff (PT).
O magistrado acatou o mandado de segurança impetrado pelo deputado Nelson Pelegrino (PT), um dos acusados pela presidente do Instituto Brasil, Dalva Selle. A liminar do juiz proíbe dois trechos da propaganda do DEM: "Os deputados federais petistas, Rui Costa, Afonso Florense e Nelson Pellegrino, que agora pedem novamente seu voto, são apontados como beneficiários do esquema, assim como o senador da mesma turma, Walter Pinheiro, e alguns funcionários públicos. Todos eles, como se sabe, são 'homens de confiança' de Wagner e seu vice, Otto Alencar".
O outro foi: "Está na revista Veja desta semana, o PT da Bahia desviou milhões de reais de programas habitacionais. O escândalo envolve o candidato ao Governo Rui Costa, além de outros candidatos a Deputado, como Nelson Pellegrino e Afonso Florense, acusados de receber dinheiro desviado dos pobres. Cinquenta milhões de reais que deveriam servir para construir casas populares foram desviados para a campanha dos petistas baianos".
O juiz argumentou que os trechos imputam prática criminosa apesar de não ter provas. O magistrado autorizou o restante da propaganda do DEM.
Além de reclamar da postura do juiz, Souto negou envolvimento na denúncia de Dalva Selle. "Não fomos nós que criamos isso (a denúncia). O PT está tentando iludir a opinião pública dizendo que a coisa é criação nossa", reclamou.