Placas dos presidenciáveis começam a ser instaladas em Salvador
Enquanto a campanha do presidenciável Aécio Neves (PSB) já está a pleno vapor nas ruas de Salvador com mais de 80 placas, muros pintados e um comitê, a da adversária petista Dilma Rousseff ainda está tímida por conta de problemas burocráticos relacionados ao CNPJ da campanha para o governo do Estado.
De acordo com o presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, as poucas placas de campanha de Dilma nas ruas são reflexo do fim da campanha do governador eleito Rui Costa (PT). "Acabou atrasando um pouco (colocar na rua). Com o término, não podemos fazer mais despesas. Os primeiros materiais de divulgação estão sendo feitos com a campanha nacional. São poucas (placas) inicialmente", afirmou.
Anunciação disse, ainda, que a campanha vai "aguardar definição jurídica" para rodar o restante do material de divulgação. "Placas não votam. Só divulgam. Ter muita placa não é garantia. Quem fez mais placas foi Paulo Souto (DEM) e não venceu a eleição", frisou.
A TARDE circulou nesta segunda, 13, por locais como as avenidas ACM, Bonocô, Lucaia, Vasco da Gama e Luís Viana Filho (Paralela) e constatou que há muito mais placas de Aécio do que de Dilma.
Nas menos de quinze encontradas da candidata petista, a campanha lança mão de cabos eleitorais locais como o governador Jaques Wagner, o governador eleito Rui Costa e o eleito para o Senado Otto Alencar. Há placas de Dilma ao lado de cada um deles e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No caso de Aécio, as placas são dele sozinho ou com o seu principal cabo eleitoral local: o prefeito ACM Neto.
Na capital baiana, a candidata petista venceu o peessedebista em 18 das 20 zonas eleitorais. Aécio venceu apenas nas duas zonas eleitorais que incluem bairros como Barra, Graça, Jardim Brasil, Campo Grande, Pituba, Stiep, Itaigara, Campo Grande e Jardim Armação.
No total, em Salvador, onde o prefeito é o principal cabo eleitoral local do PSDB, Dilma teve 644.298 votos (49,33%) e Aécio, 277.170 (21,22%). Na capital, houve, ainda, abstenção de 20,28% e brancos nulos de 14,76%. Já Marina Silva (PSB) ficou com 332.902 (25,49%).
Como estratégia para conseguir mais votos e manter o que já teve no primeiro turno, o presidente do PT na Bahia destacou que a campanha vai focar "nos investimentos e legado". "São R$ 8 bilhões de investimento só em mobilidade. Vamos falar da nossa gestão e projetos de ampliação do metrô, Minha Casa, Minha Vida. Políticas já em andamento que quem tem condições de garantir é a presidente Dilma", disse. Segundo Anunciação, serão focados também o corpo a corpo com eleitores e caminhadas.
Visibilidade
Um dos coordenadores de campanha para Aécio na Bahia, o deputado Antonio Imbassahy (PSDB), disse que em Salvador o foco será "dar mais visibilidade". "Vamos dar mais visibilidade ao candidato, torná-lo mais conhecido para a população ter mais informações sobre suas qualidades pessoais".
De acordo com informações do comitê do peessedebista, na Vasco da Gama, foram distribuídas pela cidade 80 placas. A intenção é chegar a 300 equipamentos. No último sábado, foi feito um "adesivaço" em mais de três mil veículos. Há também nove carros de som, além de pintura em muros.
Imbassahy frisou que no segundo turno serão apenas dois candidatos e que a campanha vai lançar mão do material de divulgação. "Agora é só Dilma e Aécio. É mais fácil". O deputado reeleito rebateu críticas de que a imagem do peessedebista foi pouco associada à imagem de Paulo Souto (DEM), no primeiro turno.
"A campanha foi feita em conjunto: governador, senador e presidente. Não houve isso", afirmou.