Marcos Mendes diz que Estado deve assumir o Espanhol
O candidato Marcos Mendes (PSOL) defende que o Hospital Espanhol vire uma unidade pública. Para ele, o governo estadual deveria assumir a gestão da instituição "sem nenhum ente privado administrando". A declaração foi dada nesta sexta-feira, 12, durante entrevista à rádio Metrópole pelo projeto Vota Bahia, uma parceria dos grupos A TARDE, Aratu e Metrópole.
O governo tem uma posição contrária a de Marcos Mendes. Nesta quinta, 11, o governador Jaques Wagner e o secretário da Saúde da Bahia, Washington Couto, disseram que não há a intenção de tornar o hospital público, apesar do petista ter assinado decreto transformando os imóveis do Hospital Espanhol e do Centro Médico Manuel Antes Fraga em bens de utilidade pública.
O decreto permite a desapropriação dos imóveis. De acordo com Wagner, o objetivo é evitar a especulação imobiliária. A ideia é que o equipamento receba exclusivamente unidades hospitalares ou ambulatoriais de saúde.
A medida foi tomada depois que a direção do hospital anunciou na última terça, 9, o fechamento da unidade por conta de problemas financeiros.
PT X DEM
Mendes diz que a proposta de transformação do Espanhol em unidade pública demonstra como o PSOL tem uma visão diferenciada de gestão. Ele afirma que os candidatos do PT e DEM não farão as mudanças necessárias na Bahia, caso eleitos.
"Paulo Souto (DEM) já teve sua oportunidade. O atual governo teve uma chance de ouro (de governar por oito anos) e nada mudou. O PSOL também quer a chance de governar a Bahia e fazer uma mudança real", defende.
O candidato do PSOL faz críticas duras ao democrata e disse que ele privatizou a Coelba com a promessa de investir na Seguridade Social, mas não cumpriu. Mendes também lembrou da privatização do Baneb, que, segundo ele, deixou um prejuízo para o Estado, além da criação do Regime Especial de Direito Administrativo (Reda).
Marcos Mendes também não poupou o PT, seu antigo partido. De acordo com ele, o governo petista na Bahia "deu segmento ao processo de privatização" iniciado pelo grupo Carlista (de Antônio Carlos Magalhães).