Um bate-boca entre os vereadores Silvoney Sales (PMDB), presidente da Comissão de Saúde, e Cristóvão Ferreira (PDT), terça-feira, no final da sessão da Câmara Municipal, dá uma mostra do acirramento dos ânimos entre vereadores pró e contra a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CEI) do Caso Neylton e de como será a sessão desta quarta quando se tentará, pela sétima vez, votar o requerimento dando preferência para que a proposta seja votada na frente de outros 47 projetos que estão na pauta.
São necessários 28 votos. O desentendimento se deu quando Cristovinho comentou que seria bom que a família do ex-servidor, assassinado nas dependência da Secretaria da Saúde, Neylton da Silveira, comparecesse à sessão para olhar bem nos olhos dos vereadores. Silvoney Sales
reagiu: Eles estiveram aqui e você nem foi prestar solidariedade a eles. Não adianta solidariedade e votar contra, retrucou o pedetista. Aliás, você é uma coisa na frente do prefeito e outra na Câmara. E emendou: Não estou a serviço do prefeito, do secretário (Saúde), não tenho mulher, nem filho empregados na prefeitura e não tenho clínica.
O vereador referia-se à denúncia feita pelo secretário da Saúde, Luís Eugênio Portela, de gastos excessivos praticadas por clínicas ortopédicas de Salvador, algumas tendo como sócios o próprio Silvoney, o líder do governo, Gilberto José (PDT), que não assinaram o requerimento da CEI, e o vereador Sandoval Guimarães (PMDB), autor da proposta.
LEIA MAIS NA EDIÇÃO DESTA QUARTA-FEIRA DO JORNAL
A TARDE