O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou hoje à noite, em São Paulo, seu rival Geraldo Alckmin e o PSDB de darem as costas para os excluídos e os nordestinos. Segundo ele, seu principal adversário - que foi governador do Estado durante seis anos -, não investiu recursos em favor da população pobre e "trabalhou contra" projetos sociais do governo federal na educação e na saúde.
Lula fez comício em Campo Limpo, bairro populoso da periferia da zona sul paulistana onde é grande a concentração de carentes e desempregados, e condenou "o preconceito da elite". Cerca de 8 mil pessoas, segundo estimativa da organização da campanha petista, foram ver o presidente-candidato exaltar o Bolsa-Família, seu maior programa social.
Lula afirmou que, depois de Getúlio Vargas, foi o político que mais cuidou dos pobres. Disse que era contra a reeleição, mas que "agora que descobriu que pode ajudar os pobres vai experimentar a bichinha de novo". Ele declarou que o Bolsa-Família atendeu a 1,1 milhão de famílias no Estado - onde Alckmin apresenta seu melhor desempenho nas pesquisas de intenção de votos - e que investiu R$ 2,47 bilhões por ano "para cuidar dos pobres desse Estado".
Lançou um desafio a seu oponente, de quem não citou o nome. "Perguntem ao ex-governador daqui quanto ele gastava com os pobres deste Estado, que é o mais rico da Federação. Eu não vou dizer, perguntem pro PSDB o quanto que eles cuidam do pobre, quanto que eles gastam e investem. Eles não fazem absolutamente nada. Eles não cuidaram da educação de forma adequada. Quantas universidades o PSDB fez? Eles ficaram 12 anos aqui e não criaram uma vaga."
O presidente apontou ainda pontos críticos da gestão Alckmin. "Tem gente aqui nesta Capital que prefere que o jovem vá para a Febem do que (sic) para a escola, tem gente aqui que ao invés de querer ensinar prefere bater nas crianças. É essa a lógica perversa que está dominando este País".