O deputado federal José Eduardo Cardozo admitiu hoje que pode lançar seu nome como pré-candidato do PT na disputa para a Prefeitura de São Paulo. De acordo com o parlamentar, tudo depende da Executiva do partido, que hoje, ele afirma, está mais disposta a defender a candidatura da ministra do Turismo, Marta Suplicy. "Se a Marta não se candidatar, eu lanço meu nome. Depende da decisão dela", explica Cardozo, que acompanhou os desfiles das escolas de samba no Camarote Bar Brahma, no Sambódromo de São Paulo. De acordo com o deputado, o nome da ministra goza de mais simpatia pelo reconhecimento popular. "Quem já tem uma base eleitoral como ela sai na frente", afirma.
Contudo, apesar de admitir que sua candidatura só seria viável se Marta não fosse a escolhida do PT, o deputado acredita que também entra com chances na briga. "Acredito que há um reconhecimento por parte da população de meu trabalho", explica.
Cardozo, que no ano passado lançou candidatura para a presidência nacional do Partido dos Trabalhadores em uma chapa que pregava um "resgate ético" da legenda, e acabou não indo para o segundo turno, afirmou que agora há em curso uma negociação e ele pode assumir o segundo posto principal do PT nacional: a secretaria nacional. "A resposta deve sair até a próxima semana", revela.
Em preparação para o retorno dos trabalhos legislativos, já que o recesso parlamentar termina no dia 11 de fevereiro, o deputado afirmou que as principais discussões no início do ano serão os ajustes no Orçamento, depois da queda no Senado da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), e a reforma tributária. "Acredito que seja um anseio de todos os partidos realizar uma boa e justa reforma tributária. O problema é que ainda não se chegou a um consenso", afirma.