Os 6.400 servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) entram hoje em greve por tempo indeterminado, nos 26 Estados e no Distrito Federal, numa tentativa de forçar o governo a revogar a Medida Provisória 366, que dividiu o órgão em dois. O movimento deve atingir todos os departamentos do Ibama, inclusive o setor responsável pelo licenciamento ambiental, o que deverá trazer mais dor de cabeça para o governo, empenhado em fazer deslanchar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A paralisação também preocupa investidores e lideranças da indústria de base. ?É lamentável a mobilização da greve. Isso não é uma ameaça ao governo, mas sim ao desenvolvimento do País?, afirma Paulo Godoy, presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústria de Base (Abdib). Para ele, algumas obras do PAC que já estão descumprindo o cronograma poderão sofrer um atraso ainda maior.
A MP 366 é vista pelos funcionários do Ibama como um retrocesso do ponto de vista ambiental. O objetivo da divisão do órgão, segundo o governo, é reduzir a burocracia nos processos de liberação de licenças, mas a Associação Nacional dos Servidores do Ibama considera que, com a mudança, os procedimentos para obtenção de toda a documentação passariam de 8 para 36 etapas. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo.