O governador Jaques Wagner declarou, na última quarta-feira, ao desembarcar de viagem à Suíça, que não se incomoda em ter dois deputados da sua base de apoio como postulantes à presidência da Assembléia Legislativa. No entanto, o líder do governo na casa, Waldenor Pereira (PT), disse na sexta-feira, 21, que vai trabalhar até o final de janeiro para unificar seu bloco em apenas um candidato.
Por enquanto, Pereira diz estar aberto para a discussão em torno de um nome oficial da ala governista. O PT, no entanto, maior partido da casa, com 10 deputados, já declarou a preferência pela reeleição de Marcelo Nilo. “Nós, do governo, ainda não fechamos posição e qualquer deputado da base que queira tentar se candidatar será bem-vindo”, reforça Pereira. “Mas, até fevereiro (quando ocorre a eleição), vamos buscar entendimento para unificação em torno de apenas um nome”, adianta.
Oposição – Enquanto o governo tenta chegar a um entendimento entre os pré-candidatos Marcelo Nilo (PSDB) e Arthur Maia (PMDB), além de Edson Pimenta (PCdoB) e Luciano Simões (PMDB), a minoria busca um nome nato da oposição para representá-la no pleito. Mas, por enquanto, também discute a possibilidade de fechar com Marcelo Nilo ou Arthur Maia.
“A oposição está unida para tentar construir uma candidatura”, disse João Carlos Bacelar (PTN), deputado que assume a liderança da minoria quando Gildásio Penedo (DEM), o líder, está ausente. “Por ser do PMDB, o deputado Arthur Maia tem uma simpatia da oposição, até por conta do segundo turno das eleições de Salvador (quando oposição e PMDB se uniram por João Henrique). Mas ele precisa fazer uma plataforma de independência que agrade a oposição”, ressalta Bacelar, que admite inclusive o apoio a Nilo. “Se a gente não viabilizar um nome, não nos opomos ao deputado Marcelo Nilo”.