Miguel Rosseto e José Eduardo Cardozo comentam as manifestações pelo país
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o da Secretaria-Geral da presidência, Miguel Rosseto, se pronunciaram na noite deste domingo, 15, sobre as manifestações realizadas em todos o país contra a corrupção e o governo de Dilma Rousseff.
O pronunciamento ocorreu durante uma coletiva de imprensa realizada em Brasília, por volta de 19h. Primeiro a falar com a imprensa, José Eduardo Cardozo ressaltou que os protestos foram realizados "dentro da ordem democrática e dos padrões de legalidades, com o mais absoluto respeito às autoridades".
Com base nesta afirmação, o ministro enfatizou que o Brasil vive a democracia, admitindo a divergência e a existência de opiniões contrárias, e está "muito longe de qualquer alternativa golpista".
"É o desejo de todos os brasileiros o combate à corrupção e impunidade. É necessário dar continuidade permanente a estas investigações, punir quem tem que ser punido e adotar mecanismos que possam tornar o estado mais capacitado para evitar que estas situações ocorram e, caso elas ocorram, possam ser objeto de apurações rigorosas".
Novas medidas
Durante o pronunciamento, Cardozo revelou que o governo irá anunciar nos próximos dias o novo conjunto de medidas de combate à corrupção. "A atual conjuntura aponta para uma necessária mudança do nosso sistema politico, que é, em nossa avaliação, anacrônico. É necessário mudá-lo através de uma reforma política".
Além do combate à corrupção, também será apresentado um conjunto de medidas focadas em alavancar a economia do país, segundo informou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rosseto.
"Temos que sustentar o padrão da economia em crescimento, que é a prioridade da presidente Dilma. O governo vai apresentar um conjunto de medidas que visam ao crescimento econômico, geração de emprego e renda e manutenção de programas sociais. Algumas destas medidas provocam descontentamento em alguns setores da sociedade brasileira, mas elas são importantes e necessárias para o país", disse.
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