Os servidores estaduais sentam à mesa de negociação nesta quarta-feira, 15, à tarde na Secretaria de Relações Institucionais divididos quanto à proposta de reposição feita pelo governo de pagar a inflação em duas parcelas, 3,5% retroativos a março e 2,91% em novembro. Uma plenária promovida pela Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado (Fetrab) e Associação dos Funcionários Públicos da Bahia, na manhã de segunda, reuniu 13 sindicatos e concluiu não haver clima para uma greve geral e que é preciso aceitar a proposta do governo para que o prejuízo do funcionário público não seja maior.
No entanto, três sindicatos expressivos, o Sindsaúde, dos trabalhadores da área de saúde, dos médicos e a APLB, dos professores estaduais, rejeitaram a proposta. O Sindsaúde e Sindimed divulgaram nota em que reconhecem "o papel importante da Fetrab para o movimento sindical, não participou da decisão da plenária da entidade realizada nesta segunda, e rejeita a proposta de reajuste parcelado".
Greve
Os dois sindicatos confirmaram a paralisação de 24 horas com manifestação hoje. A concentração será na Assembleia Legislativa com caminhada até a Governadoria, a partir das 9 horas.
A nota diz ainda que "a posição dos servidores da saúde é de grande insatisfação quanto ao percentual insatisfatório para repor as perdas inflacionárias além do anúncio de cortes de remuneração (insalubridade), a precariedade das condições de trabalho".
Na sexta, o Sindsaúde realizará nova assembleia no auditório do Sindicato dos Bancários, quando a categoria definirá os rumos do movimento. Já os médicos, definirão, em breve, a data para nova assembleia.
A APLB-Sindicato também resolveu seguir carreira solo. Diz que vai cumprir seu calendário de lutas com paralisações nessa quarta, dia 24 e 30 de abril.
Eles reivindicam o reajuste linear de 6,41% sem fracionamento, retroativo a janeiro e aumento de 8,75% do piso nacional.