Inquérito decorre de afirmações de Sérgio Moro durante demissão | Foto: Marcos Corrêa | PR
Solicitado pelo Supremo Tribunal Federal, a delegada de Polícia Federal, Christine Machado, pediu nesta sexta-feira, 29, ao órgão, mais 30 dias para concluir o inquérito que investiga suposta interferencia do presidente Jair Bolsonaro na PF. O relator do inquérito, ministro Celso de Mello, pediu ao procurador-geral da República, Augusto Aras, que se manifeste sobre o assunto.
Desde a abertura do inquérito em abril, delegados, políticos e outras autoridades prestaram depoimento, entre as quais o ex-ministro Sérgio Moro, que motivou a investigação ao afirmar que Bolsonaro interferiu na PF, quando demitiu o então diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo.
Na última semana, o vídeo da reunião ministerial de 22 abril, que, segundo Moro comprovaria a acusação, veio a público. "Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! Não estamos aqui pra brincadeira", disse o presidente na gravação.
Conforme Moro, ao mencionar "segurança", Bolsonaro estava se referindo à Superintendência da PF no Rio de Janeiro. Já o presidente, afirmou que estava falando da segurança pessoal.