A filha de Braga Netto era cotada para a Gerência de Análise Setorial e Contratualização com Prestadores | Foto: Marcello Casal Jr | Agência Brasil
Isabela Oassé de Moraes Ancora Braga Netto, filha do ministro da Casa Civil, Braga Netto, desistiu de ocupar uma vaga na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O nome de Isabela já tinha sido aprovado pela Casa Civil, mas ainda faltava uma análise interna na própria Agência.
A filha de Braga Netto era cotada para a Gerência de Análise Setorial e Contratualização com Prestadores. A vaga é de livre nomeação, sem necessidade de passar por concurso público ou de receber sabatina do Senado. O salário é de R$ 13 mil.
Nepotismo no governo Bolsonaro
Casos como o de Isabela são comuns no governo Bolsonaro. Adriana Villas Bôas, filha de Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército e atual assessor especial da Presidência, conseguiu um cargo de confiança no Ministério dos Direitos Humanos. Desde novembro, ela comanda a coordenação das Pessoas com Doenças Raras, na Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O salário é de R$ 10,4 mil.
Já Antonio Hamilton Rossell Mourão, filho do vice-presidente Hamilton Mourão, foi promovido de cargo no Banco do Brasil (BB) dias após a posse do novo governo, em janeiro de 2019. Ele passou a atuar como assessor especial da Presidência do BB, trabalhando diretamente ao lado de Rubens Novaes. Já quando o ministro Luiz Eduardo Ramos decidiu assumir a pasta da Secretaria de Governo (Segov), ainda em junho de 2019, sua filha, Patrícia Baptista Cunha, pediu licença não remunerada da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que estava vinculada à Segov à época.