Ministro Alexandre de Moraes
As investigações sobre a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Polícia Federal foram prorrogadas por mais 60 dias. O despacho é do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Com a negativa do presidente em depo, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu que o inquérito fosse remetido para a PF elaborar o relatório final na quinta-feira, 26.
Moraes intimou a Procuradoria-Geral da República (PGR) a se manifestar em até 5 dias sobre necessidade de interrogatório do presidente “para esclarecimentos dos fatos investigados no presente inquérito”.
“Considerando, ainda, a necessidade de prosseguimento das investigações, nos termos previstos no art. 10 do Código de Processo Penal, prorrogo por mais 60 (sessenta) dias o presente inquérito”, despachou o ministro.
O depoimento do presidente era a etapa final da investigação. A PF, daqui em diante, terá de finalizar as investigações e enviar um relatório com suas conclusões para o procurador-geral da República, Augusto Aras, que decidirá se arquiva a denúncia ou dá prosseguimento a ela. Em último caso, esse processo pode levar à cassação de Bolsonaro – embora, nos bastidores, o rumor é de que a tendência é pelo arquivamento por falta de provas.