Senador afirmou que ainda não é o momento adequado para a definição do nome que disputará o pleito de sucessão do governador Rui Costa (PT)
Tendo apresentado um crescimento de 82 prefeituras em 2016 para 109 em 2020, um aumento de 32%, o Partido Social Democrático (PSD) foi a sigla da base do governador Rui Costa que mais conquistou prefeituras nas últimas eleições municipais.
Em entrevista ao programa Isso é Bahia, da rádio A TARDE FM (103.9), o presidente da sigla na Bahia e cotado como um dos nomes postulantes ao governo do Estado em 2022, o senador Otto Alencar comemorou o resultado do partido nas urnas e afirmou que ainda não é o momento adequado para a definição do nome que disputará o pleito de sucessão do governador Rui Costa (PT).
"A eleição desse ano foi uma eleição diferente de todas as outras por ter sido em um esquema remoto, então foi uma estreia em campanha para todos nós. Nesse cenário, disputamos 400 prefeituras e conquistamos 109, o que dá uma força muito grande ao partido inteiro. Claro que todo partido tem essa possibilidade de pensar em crescer e meu nome é um dos nomes dentro do meu partido que é citado como provável candidato ao governo. No entanto, temos uma aliança formada na Bahia que envolve o PT do governador Rui Costa, o PP do vice-governador João Leão, o PSB da senadora Lídice da Mata, o PCdoB, vários partidos da base e eu sempre trabalhei pela manutenção da unidade. O nome colocado pelo meu partido será apreciado e a decisão será tomada lá em março de 2022, pois na política só se toma uma decisão quando o momento exige. 2021 será um ano de trabalho, de conseguir recursos para ajudar o governador, então creio que começar essa discussão agora logo após as eleições municipais é imprópria", disse.
Sem obsessão
Tendo exercido o cargo de governador por seis meses após a renúncia de César Borges, em 2002, Otto afirmou que não possui uma "obsessão" pelo cargo e que não vê qualquer empecilho para a discussão de outros nomes dentro da base aliada.
"Não é uma obsessão e nunca foi. Acredito que qualquer obsessão por cargo acaba dando errado. O que vai determinar são os fatos, o meu trabalho no Senado, o que eu fizer de correto. As coisas acontecem naturalmente. Chapa majoritária tomar uma inicativa dessas depende de vários fatores, temos essa aliança muito grande que já proporcionou quatro vitórias na Bahia e temos que manter essa aliança. Não seria um estorvo nem um obstáculo a negociação para que dentro da aliança possa concorrer um outro nome que atenda mais ao grupo", afirmou.
Também cotado como nome forte para a presidência do Senado no pleito que indicará o sucessor de David Alcolumbre (DEM-AP), Otto afirmou estar preparado para função caso seja o nome indicado dentro do seu partido, que conta com outros postulantes como o senador Antonio Anastasia (PSD-MG).
"Sou um dos indicados dentro do nosso grupo junto ao senador Anastasia e vamos conversar com as outras bancadas para ver uma solução nesse sentido. Tenho recebido ligação de senadores tanto de oposição quanto de governistas e vamos analisar isso. O que posso dizer é que um presidente do Senado precisa de altivez pra comandar a Casa, de autonomia e de independência para ouvir todos os senadores. Não pode ser um estuário das vontades da oposição e tampouco um puxadinho do Palácio do Planalto", ponderou.