A Abin teria orientado a defesa de Flávio na tentativa de anular investigações
As suspeitas de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ajudou a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos -RJ) no caso das rachadinhas vai ser investigada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A determinação foi feita nesta sexta pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com denúncia da revista Época, a Abin teria orientado a defesa de Flávio na tentativa de anular as investigações que o envolve em um suposto esquema de rachadinhas.
Segundo Cármen Lúcia, os fatos narrados podem configurar “atos penal e administrativamente relevantes como prevaricação, advocacia administrativa, violação de sigilo funcional, crime de responsabilidade e improbidade administrativa”.
Na terça-feira (15), o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que pediu informações à Abin sobre os supostos relatórios feitos para a defesa de Flávio. Aras afirmou que as suspeitas são graves, mas que ainda não há elementos que justifiquem uma investigação formal.
No dia seguinte, os partidos Rede e PSB pediram ao Supremo que Flávio entregue os supostos relatórios.
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, responsável pela Abin, e a própria agência enviaram manifestações ao STF nas quais negaram a produção dos relatórios.