Um dos motivos seria a incapacidade do Ministério da Saúde em adquirir doses da vacina
Os militares querem que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, se afaste do comando da pasta responsável pelo combate à pandemia após derrota do governo federal na queda de braço pelo início da vacinação.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, integrantes das Forças Armadas interpretaram a vitória do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que conseguiu sair na frente do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na imunização da população, como uma mácula à pasta da saúde comandada por Pazuello.
Além disso, a derrota poderia vincular à imagem de um general da ativa, patente de Pazuello, à negligência com a saúde da população, colocando em risco a aprovação das Forças Armadas.
Desde o ano passado, segundo o jornal Folha de S. Paulo, ministros palacianos já avaliavam o timing ideal para que Pazuello deixasse a pasta. Segundo relato feito à Folha, em dezembro, em uma reunião no Palácio do Planalto, o nome do líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), foi defendido para substituir o general no final do primeiro semestre deste ano.
A incapacidade do Ministério da Saúde em adquirir doses da vacina e o fracasso da pasta na negociação com a Índia, porém, foram episódios considerados pelo braço militar a gota d'água para que a mudança no comando da pasta seja antecipada.
As informações são do jornal Folha de S. Paulo.