Suposta interferência de Bolsonaro na PF foi denunciada pelo ex-ministro da Justiça, Sergio Moro
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) adiou o julgamento que iria decidir o tipo de depoimento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no caso de interferência na Polícia Federal (PF). Até o momento, não se sabe quando será a sessão que vai definir se o depoimento será presencial ou por escrito.
A pauta foi agendada pelo presidente da corte, Luis Fux, a pedido do ministro Alexandre de Moraes. A suposta interferência de Bolsonaro na PF foi denunciada pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
Segundo o ex-juiz da Lava Jato, o presidente tentou interferir no órgão ao nomear aliados em cargos estratégicos para livrar seus filhos de investigações, especialmente Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que está na mira da polícia pelas supostas "rachadinhas" cometidas em seu gabinete, enquanto era deputado estadual.
Após o depoimento, a PF deve concluir o relatório das investigações e encaminhá-lo à PGR, que decidirá se abre denúncia contra o presidente ou não.