Proposta é realizar uma série de lives durante o mês inteiro | Foto: Divulgação | Secretaria da Educação
Com o tema “É preciso agir!”, a Campanha do Setembro Amarelo, que aborda a prevenção ao suicídio, foi iniciada virtualmente nesta terça-feira, 1º, com a proposta de realizar uma série de lives durante o mês inteiro, garantindo espaços de reflexão junto à comunidade escolar.
De acordo com informações da Secretaria de Comunicação (Secom), será lançada no dia 10 de setembro a Cartilha Setembro Amarelo, para professores e servidores da Educação, e a Revista Gibi Setembro Amarelo, para os estudantes.
"É fundamental que possamos marcar esta data pela forte simbologia e um foco bem objetivo. Apesar de delicado, não abrimos mão de falar e criar ações sobre o assunto, porque são com esses gestos que podemos salvar vidas. Neste momento de pandemia, a SEC e a Sesab têm uma responsabilidade redobrada com a sociedade e os nossos estudantes. O Governo do Estado tem o compromisso de cuidar de gente porque, para nós, as vidas importam muito dentro das nossas políticas públicas", afirmou o secretário estadual da Educação, Jerônimo Rodrigues.
"A educação tem uma grande importância neste trabalho de prevenção ao suicídio. É fundamental podermos colaborar e construir instrumentos que possam compartilhar saberes. É admirável o professor que pode lidar diretamente com essa prevenção no dia a dia da sala de aula, expandido o trabalho dos Centros de Atenção Psicossocial [CAPS], que já integram a saúde e a educação no Estado", disse a subsecretária da Saúde, Tereza Paim.
Especialista em desenvolvimento de adolescentes e jovens e representante da Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Luiza de Sá Leitão avalia que a prevenção deve estar envolvida na formação dos estudantes.
"Muito importante o cuidado de poder integrar a saúde e a educação, principalmente em um momento de pandemia, quando o bullying deixa de ser apenas na escola e passa para a internet. É preciso trabalhar a saúde mental desses jovens que estão formando sua identidade, autonomia e criando sua própria interação. Uma rede de apoio é extremamente fundamental", disse.
Para Marcelo Veras, psicanalista e coordenador do Programa de Saúde Mental e Bem Estar da Universidade Federal da Bahia, a educação não tem como estar dissociada da saúde. "Este é um mês que questionamos de forma mais intensa as causas do suicídio. Precisamos ficar atentos às estatísticas que, muitas vezes, não mostram muitos elementos que criam a condição para o ato, como o alcoolismo. Temos, desde à tenra idade, aspectos que podem nos levar a essa condição por diversos fatores, por isso temos que ser equilibristas da nossa realidade, apoiados pela integração entre a educação e a saúde", comentou.