Estudante do Colégio Municipal Luiz Viana Filho, um adolescente de 15 anos, fez exame de corpo delito, nesta sexta-feira, 3, no Complexo Policial de Barreiras (a 905 km de Salvador), depois de o pai ter registrado ocorrência na Polícia Civil, atribuindo a agressão sofrida pelo filho a um policial militar.
De acordo com o garoto, que cursa a 8ª série no período noturno, tudo começou com uma discussão entre o primo e o vigia da escola. “Nós (ele e o primo) tentamos sair do colégio, mas o vigia, que já tinha chamado a polícia, só abriu o portão 20 minutos depois, quando os PMs chegaram”, relatou o garoto, mostrando marcas pelo corpo.
Segundo ele, embora a guarnição estivesse com três policiais, só um os agrediu, além de tê-los xingado, chutado e imprensado contra o portão. “Eu estava vendo a hora de ele me matar sufocado, de tanto que apertou o meu pescoço”, salientou.
Audiência - O caso já foi encaminhado também ao Ministério Público (MP-BA), que está investigando o caso por meio do promotor de justiça Ernesto Cabral Medeiros. A primeira audiência para ouvir as partes está marcada para o próximo dia 8.
O comandante da Polícia Militar, em Barreiras, cel. Osival Cardoso, destacou que a PM abriu um processo administrativo com prazo de 30 dias para conclusão. “Se ficar comprovado o excesso, vamos adotar as medidas necessárias para punir a ação, que não condiz com a postura esperada de nossos policiais”, enfatizou.