Manifestantes caminharam pelas ruas de Feira de Santana
O Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos e da Democracia foi marcado por várias atividades e manifestações em Feira de Santana (distante 109 km de Salvador). Diversas centrais sindicais que aderiram ao movimento. Elas fecharam o trânsito na BR-324 e realizaram caminhada pelo centro da cidade. O protesto foi marcado por muita reclamação e até confronto entre manifestantes e alguns comerciantes. O comércio e o transporte público funcionaram normalmente.
De acordo com Derlan Queiroz, coordenador da CUT regional Portal do Sertão, a manifestação é contra a PL 4330 Lei da Terceirização e as Medidas Provisórias 664 e 665 que tratam de mudanças no seguro-desemprego, além do ajuste fiscal. 'É um absurdo o que os políticos estão fazendo com os trabalhadores. O que queremos é fazer algo para impedir a aprovação. Pois após aprovada não poderemos fazer mais nada. Vamos para rua dizer não a corrupção e sim para a democracia", frisou.
"Tenho o direito de fechar ou não o meu estabelecimento, como respeito o direito deles de fazer a paralisação eles devem respeitar o meu de querer trabalhar. Aqui na loja os funcionários decidiram não aderir a paralisação, é um direito deles", afirmou José Carlos Nogueira dono de uma loja de produtos naturais que por pouco não foi agredido por um grupo de manifestante.
Um gerente da Lojas Americanas, identificado apenas como Igor, foi agredido verbalmente e fisicamente por outro grupo, que tentou fechar as portas da loja a força. "Ele saiu para conversar com os manifestantes que estavam forçando a porta automática e houve uma discussão, onde um deles deu um tapa no peito do gerente, que por pouco não caiu. A sorte é que os seguranças tiraram o gerente", contou uma cliente da loja.
Já um dos manifestantes negou que houve agressão apenas uma discussão uma vez que o gerente havia xingado o grupo. "Eles nos chamou de vagabundos, como pode isto, apenas pedimos para ele fechar as portas e depois que a caminhada passasse abrir novamente. Não houve agressão apenas mandamos que ele nos respeitasse", legou José Almeida.
A manifestação em Feira de Santana teve início ainda de madrugada quando representantes de várias entidades fecharam o trânsito, utilizando fogo em pneus, nos dois sentidos da BR-324. Um congestionamento se formou na rodovia e nos acesso ao local como no Anel de Contorno. Segundo prepostos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) o congestionamento chegou a mais de 20 km nos dois sentidos.
Professores universitários e da rede estadual e municipal, assim como sindicatos dos bancários e do comércio participaram da mobilização que terminou por volta do meio dia.
Além da cidade no Recôncavo Baiano, trabalhadores também aderiram ao movimento nacional em Salvador.