Câmera de segurança de uma das agências registrou a ação dos bandidos
Cerca de 15 homens atacaram três agências bancárias em Irará (a 120 km de Salvador) na madrugada desta quarta-feira, 6. Eles explodiram caixas eletrônicos do Banco do Brasil (BB) e da Caixa Econômica Federal (CEF), levando dinheiro - os valores não foram divulgados.
Também tentaram abrir buracos em caixas do Bradesco, mas não tiveram sucesso porque são mais reforçados, segundo o investigador da Polícia Civil Arlindo Duarte.
"Eles precisam abrir um buraco no caixa onde colocam o explosivo para detonar os equipamentos", explicou. O policial lembrou que, em setembro de 2014, o BB e o Bradesco foram atacados e os ladrões também não conseguiram explodir os caixas deste último.
A ação desta quarta começou por volta das 4h. Criminosos usavam máscaras e armas do tipo fuzil e estavam em dois carros. A quadrilha se espalhou em grupos menores e agiu nas três agências, situadas no centro da cidade e próximas entre si, o que facilitou os ataques quase simultâneos.
Moradores que acompanharam a ação disseram que, entre a chegada e a fuga, foi cerca de meia hora. "Foi muito barulho, das explosões e dos tiros. Acordei pensando que estava em uma guerra. Três bancos de uma só vez, eu nunca vi nada igual", afirmou o comerciante Antônio Ribeiro.
Antes de sair da cidade, o bando parou em frente à 97ª Companhia Independente da Polícia Militar e efetuou disparos contra a fachada do prédio e uma viatura que estava estacionada.
Uma parte do grupo seguiu por uma estrada vicinal que leva a Feira de Santana, passando pelo distrito de Retiro, em Coração de Maria. Nesta estrada, próximo da comunidade de Alambique, eles incendiaram um Renault Sandero, atravessado na pista para impedir a perseguição policial.
"Em menos de um ano, este foi o segundo ataque na agência da CEF, que foi destruída na madrugada de 5 de maio de 2015", disse a vendedora Adriane Gonzaga.
"Para os correntistas e comerciantes de Irará, estes assaltos são um problema, porque temos que resolver assuntos bancários nas lotéricas ou em outras cidades, como Feira de Santana, percorrendo 42 km", destacou ela.
Nesta quarta, peritos do Departamento de Polícia Técnica de Feira de Santana fizeram vistoria no Bradesco e no Banco do Brasil e peritos da Polícia Federal vistoriaram a agência da CEF.
Até o período da tarde, não havia informações sobre o paradeiro e a identificação dos criminosos. Imagens dos circuitos internos serão usadas nas investigações, e vizinhos das agências serão ouvidos pela delegada Rosilene Regis a partir desta quinta, 7.
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