Amargosa recebeu reforço policial após a revolta da população na noite de quarta-feira
Os policiais envolvidos na morte do bebê de um ano e meio, em Amargosa (a 238 km de Salvador), foram afastados das funções até a conclusão das investigações. A informação foi revelada em reunião com autoridades policiais e da Justiça baiana na manhã desta quinta-feira, 17, no fórum de Amargosa. Os nomes dos policiais não foram revelados, e um deles já está na corregedoria.
No encontro, que contou com as presenças do secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP), Maurício Barbosa, do comandante geral da Polícia Militar (PM), Alfredo de Castro, e do delegado geral da Polícia Civil, Hélio Jorge Paixão, também ficou decidido que a delegada titular da cidade, Glória Brito, será substituída e a corregedoria da Polícia Civil vai assumir toda investigação do caso.
As autoridades garantiram que a cidade vai receber um reforço no efetivo policial, sendo encaminhados mais 16 policiais militares e seis policiais civis. No momento, Amargosa conta com mais de 100 policias da tropa de choque e das Polícias Militar e Civil.
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Entenda o caso
Tudo começou depois da morte de uma bebê de um ano durante uma troca de tiros entre a polícia e bandidos, na noite de quarta-feira, 16. A população de Amargosa protestou nas ruas da cidade e um grupo invadiu a delegacia, fazendo com que 16 presos conseguissem fugir - quatro já foram recapturados e dois se entregaram. Na confusão, foram queimados carros, motos e um ônibus escolar.
De acordo com uma tia da vítima, Letícia de Almeida Santos, que estava na casa da família quando a menina foi morta, o policial civil de prenome Carlos chegou em um carro modelo Palio, de cor preta, acompanhado por um policial militar conhecido como Aurélio. O alvo do policial era o balconista Wellington que conversava com amigos em frente à residência da família. "O policial se aproximou, falou 'perdeu, viado, agora você morre' e começou a atirar contra ele, que se jogou no chão e entrou na casa", explica a tia.