A presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, informou que os aeroviários (funcionários das empresas aéreas e de serviços aeroportuários que trabalham em terra) iniciaram na tarde desta quinta-feira, 22, uma greve nos dois aeroportos do Rio de Janeiro, mesmo sem o apoio dos aeronautas, que decidiram assinar acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea).
Já em Salvador, as atividades no aeroporto são normais e funcionários entrevistado por A TARDE no Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães informaram que não foram orientados a aderir a nenhuma paralisação.
Segundo a líder sindical Selma Balbino, a paralisação começou a despeito da decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de multar o sindicato em R$ 100 mil por dia se não houver um mínimo de 80% de funcionários trabalhando.
“Nossa greve já começou no Rio, em Brasília, em Belo Horizonte e Fortaleza. A adesão está muito boa. O TST é muito rápido e tem mão pesada para punir o trabalhador. Mas nossa dignidade não custa R$ 100 mil por dia”, disse Selma, na manifestação que ocorreu no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-Galeão. Ela ressaltou que a ameaça de multa se refere ao descumprimento da ordem judicial de manter 80% dos funcionários trabalhando nos dias 23 e 24 e 29, 30 e 31 de dezembro. Ela disse que a continuidade da paralisação vai ser definida pelos trabalhadores. “Por isso nós antecipamos a greve”.
Balbino considerou insuficiente o reajuste salarial oferecido na quarta-feira, 21, pelo Snea, de 6,5%, que incorpora ganho real de 0,33%. “O que é isso? Uma merreca dessas não quero nem saber. O que significa isso no salário do peão? Quando tivermos o piso de operador em R$ 1.200, a gente senta para conversar”, disse a presidenta do sindicato, em referência à proposta do Snea de criar piso para operador de transporte no valor de R$ 1 mil.