O lançamento da premiação no palco do Vila Velha teve apresentação musical
Foi no mesmo Teatro Vila Velha, que reuniu, há 52 anos, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa e Tom Zé para o consagrado show Nós, Por Exemplo, que foi realizado nesta segunda-feira, 7, o lançamento da segunda edição do Prêmio Caymmi de Música.
Com concepção do diretor artístico Márcio Meirelles, a premiação homenageará o movimento tropicalista, que vai celebrar 50 anos em 2017. Coordenadora do prêmio, a jornalista Elaine Hazin diz que o “DNA” do evento está no “reconhecimento de novos artistas e na promoção da música e cultura baianas, assim como (Dorival) Caymmi fez”.
A programação teve apresentação do grupo Tropical Selvagem e de convidados. Para o músico Filipe Lorenzo, vencedor no ciclo 2014-2015 nas categorias música e arranjo, o prêmio serviu como uma vitrine. “Foi muito importante para mim e uma rede de compositores e instrumentistas que tiveram a oportunidade de ser ouvidos”, disse ele.
Apesar disso, Lorenzo acredita que ainda “é pouco” o fomento aos artistas baianos: “Faltam espaços e editais públicos para produção musical. Muita gente acha que não tem mais música boa na Bahia. Eu discordo. Faltam espaços onde os ouvidos se alinhem com as canções”.
Intervenções
Entre esta segunda e a premiação serão mais de oito meses de atividades por meio do circuito e festivais Caymmi de Música. Parte das atividades acontecerá no Parque da Cidade, Passeio Público e nos de bairros de Plataforma e Rio Vermelho.
Segundo Elaine, o objetivo é que as pessoas se identifiquem. “Queremos que as pessoas se sintam tocadas pelo que estamos promovendo. É esse sentimento coletivo que almejamos. Falo que nós não somos um movimento de música, somos a música em movimento”, resumiu a coordenadora.