Mesmo assim, o treinador afirmou que ele poderá entrar no decorrer da partida | Foto: Felipe Oliveira | EC Bahia
Depois de 10 dias longe de preparação, o Bahia retorna aos gramados nesta quarta-feira, 20, na Arena Fonte Nova, onde irá receber o Athletico-PR, pela 31ª rodada do Brasileirão Série A. Durante esse período, o Esquadrão pôde contar com o retorno do zagueiro Lucas Fonseca, recuperado de lesão, e dos meio-campistas Rodriguinho e Patrick de Lucca, curados da Covid-19.
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Em coletiva realizada na tarde desta terça-feira, 19, o comandante do Tricolor, Dado Cavalcanti, falou sobre o retorno do defensor e o que ele poderá estar agregando no sentido de grupo. No entanto, de antemão, o treinador já antecipou também que o zagueiro não começará a partida entre os titulares, mas que poderá entrar no decorrer da partida.
"A ausência foi sentida, não só pelos números, que são bem expressivos. O Lucas exerce uma liderança positiva dentro do elenco. comemoro o retorno dele, a disponibilidade dele para o jogo. É fato que ele treinou pouco. Ainda aquém de disputar 90 minutos. Mas será extremamente importante a presença dele no ambiente, na concentração, no vestiário. Se houver necessidade, obviamente, ele entrará em campo. Mas com as precauções necessárias para que ele volte da melhor forma possível, exercendo a melhor função que ele pode, como capitão, como defensor que impede que os adversários façam tantos gols", ponderou o treinador.
Sem vencer pelo Brasileirão há oito partidas, o Bahia teve um bom intervalo desde a última vez em que entrou em campo, em duelo contra o Atlético-GO. De lá para cá, foram 10 dias onde o comandante Dado Cavalcanti pôde tentar organizar a casa e fortalecer, principalmente, o sistema defensivo da equipe e as bolas aéreas, setor que ele acredita que será bastante exigido contra o Furacão.
"Os dias são importantes no processo de evolução. Comemorei esse tempo de trabalho a mais. Acho que o tempo de treinamento surtiu efeito nas duas últimas rodadas, contra Grêmio e Atlético-GO, principalmente contra o Grêmio. Reforcei nesse tempo um pouco mais alguns comportamentos defensivos, principalmente da primeira linha de marcação. Vamos enfrentar um adversário que para mim é um dos mais equilibrados do Campeonato, tanto ofensivamente, quanto defensivamente. Que faz 50% dos seus gols com jogada de bolas dentro da área. Isso tem sido o pesadelo da nossa equipe durante todo o Campeonato. O posicionamento do primeiro homem e o encaixe de marcação do segundo homem. Investi um pouco mais de tempo nesse aspecto", revelou Dado.
Durante esse intervalo de partidas, o Bahia também conseguiu contar com a recuperação de duas peças importantes no setor de meio-campo: o experiente Rodriguinho e a revelação Patrick de Lucca. Ambos os jogadores foram contaminados pela Covid-19. Além deles, outro jogador testou positivo ao longo da semana e Dado falou sobre a importância da rotatividade do elenco em situações como essa.
"Talvez as pessoas não entendam tanto a utilização do elenco. Estamos disputando uma corrida de resistência. Nas últimas rodadas, as equipes com melhor administração de elenco serão as equipes que vão conquistar os objetivos. Aqui não é diferente. Nossa equipe está sujeita a perder atletas. Estamos constantemente em aeroportos, em hotéis. A exposição ao vírus é muito maior nesses espaços de grande circulação. a cada jogo existe uma tensão um pouco maior em relação a resposta dos testes de Covid-19. O nosso trabalho interno é exemplar, não tivemos nenhum surto que necessitou saída de muitos jogadores ao mesmo tempo, como aconteceu em algumas equipes do Brasil. Todos os cuidados foram adotados, mas, mesmo assim, não estamos ilesos a perder atletas a cada rodada", garantiu.
Por fim, Dado Cavalcanti ainda fez uma rápida projeção sobre a partida com o Athletico-PR e o que ela representa a nível de ambições para o Bahia na reta final do Brasileirão. Com 29 pontos, atualmente o Esquadrão é a primeira equipe dentro da zona de rebaixamento e possui três pontos de diferença para o Fortaleza, primeiro time fora do Z-4. Na disputa entre os tricolores, o baiano ainda possui um jogo a menos.
"Pensar exclusivamente no próximo jogo. Às vezes fazemos contas, fazemos planos, contamos com a ajuda do adversário, mas não fazemos nossa parte. Então, é excluir qualquer tipo de fator externo dentro do nosso meio com os atletas, dar confiança para os atletas, que precisam de confiança para jogar, precisam de confiança para render. É uma das coisas que venho batendo bastante internamente. De passar confiança, coragem, atitude para jogar, para que a gente consiga vencer as adversidades", finalizou o treinador.