Equipe ouve orientações de Cláudio Prates | Foto: Felipe Oliveira | EC Bahia
Motivo de decepção desde o início da gestão Guilherme Bellintani, em 2018, a Copa do Nordeste começa neste domingo, 28, para o Bahia. Em Pernambuco, o Tricolor enfrenta o Salgueiro, atual campeão de seu estado, às 18h. A última taça do torneio que o Esquadrão levantou foi em 2017, quando Marcelo Sant’Ana geria o clube.
Foi o último título de maior importância para o clube, já que só conquistou o Baianão – três vezes seguidas, é bem verdade, desde então. No Nordestão, o Bahia bateu duas vezes na trave. Em 2018, perdeu para o Sampaio Corrêa na final. No ano passado, voltou a ser vítima do Ceará – contra quem, inclusive, não venceu nenhum jogo no ano.
Dessa vez, o Nordestão será o foco maior do Tricolor no primeiro semestre. O time principal está de folga até a próxima terça-feira, para se recuperar da temporada que acabou de terminar, e por isso não estará em campo neste domingo. O clube será representado pela equipe de transição, que foi montada para disputar o Baianão. Depois, o elenco profissional volta ao comando.
No estadual, os aspirantes, comandados por Cláudio Prates, possuem uma vitória e uma derrota. Perderam na estreia para a Juazeirense, por 2 a 1, na Fonte Nova. Depois, foram até Feira de Santana para bater o Doce Mel por 2 a 0. Fonte Nova, inclusive, que será utilizada novamente como hospital de campanha pelo governo da Bahia, para tratar pacientes infectados pela Covid-19. O estado está “próximo do colapso”, nas palavras do governador Rui Costa.
Retrospecto anima
O Salgueiro está em sua sexta participação na Copa do Nordeste e, na história, enfrentou o Bahia apenas uma vez. Em 2019, o Esquadrão venceu por 3 a 0 na fase de grupos. A melhor colocação da equipe pernambucana foi o sexto lugar, conquistado duas vezes, em 2015 e 2016.
Contra clubes do estado, inclusive, o Tricolor tem retrospecto animador. Pela Copa do Nordeste, foram 31 partidas contra pernambucanos. Ao todo, são 15 triunfos, 11 empates e apenas cinco derrotas para o Esquadrão, com 46 gols marcados e 29 sofridos. É fato, também, que o time de transição nunca foi utilizado para esta competição.
Dos três títulos que conquistou, o Bahia tem dois contra o Sport (2001 e 2017). O outro, em 2002, foi levantado contra o maior rival, Vitória. Este ano, inclusive, o Esquadrão tenta igualar o número de títulos do Leão (4), para se tornar o clube com mais títulos da história. O único que também pode igualar o feito em 2021 é o Sport, que também tem três.
Adversário embalado
O Campeonato Pernambucano conquistado pelo Salgueiro, em 2020, foi o primeiro da história do clube. Desbancou o Santa Cruz na final e se tornou a única equipe fora da capital a levantar o troféu estadual. A trinca de grandes (Sport, Santa Cruz e Náutico) não perdia o torneio desde 1937.
Atualmente, o Carcará disputa a Série D do Campeonato Brasileiro. Na última temporada, ficou na 11ª primeira posição, longe do acesso para a Série C. Na estreia do estadual deste ano, venceu o Afogados por 1 a 0, em casa.
Possível desfalque
O Bahia deve ter seu time de transição completo, mas ainda há uma dúvida. O meia Raniele, que machucou o joelho diante do Doce Mel, pode desfalcar o Tricolor na estreia do Nordestão. Seu substituto imediato é Jeremias.
*Sob supervisão do editor Daniel Dórea