Arena Cajueiro é trunfo para o Bahia de Feira | Foto: Bahia de Feira | Divulgação
A gente não entra buscando o título [do Baianão]. Isso é circunstancial. A nossa briga é pra tentar ficar em terceiro, pelo menos, pra garantir vaga na Copa do Brasil, porque a receita do Campeonato Baiano é insignificante”. A fala é do presidente do Conselho Deliberativo do Fluminense de Feira, Thiago Souza. O atual vice-campeão baiano mantém a base desde 2017, com 11 remanescentes daquele time.
Segundo Thiago, a receita que o clube conquista com o Campeonato Baiano é de apenas R$ 100 mil. Ele preferiu não revelar a folha de pagamento do profissional, mas o objetivo é avançar na Copa do Brasil para conseguir mais receita. A estreia na competição nacional acontece no dia 5 de fevereiro, contra o Luverdense.
Comandado por uma empresa local, o Grupo Nobre, desde 2010, o Tremendão tem se destacado no futebol do estado principalmente por sua estrutura. Em 2018, inaugurou a Arena Cajueiro, estádio com capacidade para quatro mil pessoas, de propriedade exclusiva do Bahia de Feira.
“Qualquer equipe que puder fazer de seu campo uma forma de dificultar para o adversário terá uma vantagem. Não ganha jogo, mas é ótimo”, falou o técnico Quintino Barbosa. Vale lembrar que a Arena Cajueiro tem grama sintética.
Caras novas
Além de ter mantido a base do time vice-campeão, o Bahia de Feira também foi ao mercado. Na tentativa de rejuvenescer a equipe, trouxe o meia ofensivo Pedro Pires, de 23 anos, que se destacou no Ypiranga, do Rio Grande do Sul, em 2019.
Já uma cara que não é tão nova assim é a do volante Diones. Ele, já aos 34 anos, foi um dos destaques do Tremendão na temporada do título baiano, em 2011, e atuou no Bahia por três temporadas.. Outra aquisição que Tiago fez questão de exaltar foi a do volante – que também pode atuar como lateral – Guilherme Escuro. Ele estava no Salgueiro e disputou o Pernambucano no ano passado.
Ainda assim, para o técnico Barbosinha, o Bahia de Feira não pode ser encarado como o favorito para o Baiano. “Você coloca pra si uma responsabilidade muito grande. As equipes do interior são muito fortes”, disse. Mas ressaltou que, pelo fato de Bahia e Vitória estarem levando seus times sub-23, as chances aumentam. “Bahia de Feira e mais três ou quatro vão estar ali brigando inclusive para, quem sabe, eliminar Bahia ou Vitória”, afirmou.
Tiro curto
Como meta principal para o Bahia de Feira no Baianão, Barbosinha coloca a regularidade. “É um campeonato que tem jogos muito pegados. As 10 equipes são muito equilibradas. É preciso ser regular durante todo o campeonato para alcançar a vaga entre os quatro primeiros”, disse.
Para ele, não existe um cara que se destaque no elenco. “A força do Bahia de feira é muito o conjunto. A gente não tem uma estrela que se destaca, temos um conjunto que se classificou para a final no ano passado”, disse.
Na pré-temporada, o Bahia de Feira já mostrou força. Em jogo amistoso na última quinta-feira, enfrentou a Associação Desportiva Expresso e venceu por 12 a 0, na Arena Cajueiro. Neste sábado, 18, joga contra o Vitória, no Barradão. A equipe de Salvador venceu o Jacuipense na última quarta-feira, por 3 a 1. Vale lembrar que, desde que voltou a atuar profissionalmente, o Tremendão tem conquistado bons resultados no Campeonato Baiano. Chegou à semifinal em quatro oportunidades desde 2010, quando ficou com o quarto lugar.
*Sob supervisão do editor Daniel Dórea