Quem acompanha a Fórmula 1 participa de um desafio envolvendo Fernando Alonso, da Renault: quando ele deixará de ir ao pódio. Normalmente, a aposta é em qual GP um piloto se classificará no pódio.
É que Alonso não sabe o que não é ir ao pódio desde o GP da Turquia do ano passado. São já 15 seguidos. O recorde pertence a Michael Schumacher, que entre as temporadas de 2001 e 2002 chegou 19 vezes seguidas ao pódio. Claro que fico feliz com uma estatística dessas, disse Alonso que, ao contrário de Schumacher, da Ferrari, dá importância aos números de sua carreira.
Em conversas informais, Alonso não deixa de lembrar suas marcas. E com razão. Dos 90 pontos possíveis este ano, com nove etapas disputadas, Alonso conquistou nada menos de 84. Só não obteve o máximo nas provas da Malásia, de San Marino e da Europa, em que classificou-se em segundo. Esse é um resultado da equipe, não só meu. Não adiantaria eu ser veloz se a Renault não me desse um carro que não quebra nunca. Mas uma hora vai acontecer, diz.
A vitória deste domingo no circuito Gilles Villeneuve já coloca Alonso dentre os maiores da história. No total, tem, agora, 14, mesmo número de Emerson Fittipaldi, Graham Hill, ambos bicampeões do mundo, e Jack Brabham, três vezes vencedor do Mundial.
"Para mim, meu maior prazer nem é esse (14 vitórias), mas ter vencido corridas que têm, para mim, significado especial, como Barcelona, Mônaco, Silverstone a aqui, em Montreal, onde errei ano passado e virou uma espécie de questão de honra para mim, comentou Alonso.
Aos 24 anos, ele é o mais jovem piloto a ser campeão, ano passado, e com a quarta vitória consecutiva, neste domingo, e 25 pontos de vantagem para Schumacher (84 a 59) o bicampeonato é apenas uma questão de tempo, pouco tempo.
Só não está claro para muita gente da Fórmula 1 se sua opção de transferir-se para a McLaren, em 2007, lhe permitirá crescer nas estatísticas.