Após monitorar prova do ar, capitão da PM se inscreve

Qui , 08/01/2009 às 20:28 | Atualizado em: 09/01/2009 às 10:58

Após monitorar prova do ar, capitão da PM se inscreve

Aurélio Lima | A TARDE

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Estreante na 46ª Aquarius Fresh Travessia Mar Grande/Salvador, o capitão PM Eduardo Luiz Silva, 37 anos, levou apenas 3 minutos para completar o percurso de 12 quilômetros do desafio, em 2007 e 2008. Na edição 2009, dia 18 deste mês, calcula gastar mais de três horas entre a Praia do Duro, em Mar Grande, e a do Porto da Barra, em Salvador. Ah, bom! Nos dois primeiros anos ele participou da travessia pilotando o helicóptero da Polícia Militar. Atuou monitorando as embarcações e nadadores, para o caso de precisar prestar ajuda ou dar orientações pelo rádio para quem estava lá embaixo.

Lá em cima, no ano passado, se empolgou. Atraído pela visão da série de embarcações e competidores, atravessando a nado da Ilha a Salvador, convenceu-se a trocar os ares pela água. “Antes da largada pousei na Praia do Duro. Vi pessoas de todas as faixas etárias e físicos. Ai, pensei: se eles podem eu também posso”, relembrou Silva, um dos 13 pilotos da PM, cuja função é desempenhada apenas por oficiais.

A resposta sobre o tipo de treino para o tradicional desafio, vinda do técnico Ricardo Braga, foi igual a dada para estreantes e mais experientes: dedicar grande parte do tempo aos treinos, durante o ano todo. De preferência em dois turnos. Além de mudar rotinas relacionadas ao horário de dormir e alimentação. Tendo o cuidado de dormir cedo, evitar farras e bebidas alcóolicas.

ABORDAGENS – Silva conta estar nadando 4h30 diárias e cerca de 11 quilômetros nos dois turnos. Primeiro treino às 5h30. O último, após o expediente de piloto responsável por monitorar a cidade, dando suporte às abordagens policiais exigidas pela profissão.

Vencida essa fase, o PM experimenta agora a sensação da contagem regressiva para a prova, comum a todo estreante de várias formas. “É uma oscilação de humor. Em dia de bom treino, vem uma auto-confiança excelente. Em outro momento, quando o treino não é bom, você pensa que o desafio é maior do que pode suportar”, reflete o oficial.

A equipe de militares na Travessia contará ainda com o capitão PM Ricardo Mattos, os tenentes bombeiros Albert Leal, Rosa Trindade e Jamile Lutiane e o soldado Marcelo Maia. A Federação Baiana tem uma categoria específica, chamada militares, para inscrição no desafio.

SÉTIMA VEZ – Professor de educação física na 13ª Companhia Independente da Polícia Militar, o capitão Mattos enfrentará o desafio de nadar da Ilha a Salvador pela sétima vez. “A tenente Jamile é minha esposa, cursa enfermagem e vai fazer a prova pela segunda vez. Albert é bombeiro e também vai a segunda vez. A tenente Rosa é veterinária e o soldado Maia guarda-vidas. Eles são estreantes”, revelou Mattos.

Mais experiente na travessia, o capitão recomenda paciência e diz que o segredo da prova é o ano de treinamento. “Se teve uma boa preparação, esse esforço é feito com tranquilidade”, garante o veterano, que em 2000 fez a prova em 2h30, melhor marca.

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