O presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou nesta terça-feira, ao chegar à Venezuela, que o Congresso brasileiro analisa a criação de dois fundos para ajudar Uruguai, Paraguai e Bolívia (membro associado), os menores países do Mercosul.
"Temos clareza de que é preciso ajudar mais os paises menores. No Brasil temos um fundo que está no Congresso nacional. Esperamos que em algum momento seja aprovado" para ajudar, Uruguai, Paraguai e Bolívia.
Há um fundo "que fizemos para o Paraguai e que está no Congresso nacional. Outro fundo para o Mercosul está no Congresso". Sobre o pedido do presidente boliviano, Evo Morales, para que o Brasil aumente o preço pago pelo gás importado da Bolívia, Lula afirmou que discutirá o caso sempre que for necessário, mas lembrou que está em Caracas para participar da cerimônia de adesão da Venezuela ao Mercosul.
"Vou falar com Evo Morales tantas vezes quanto for necessário, mas vim aqui para o ingresso da Venezuela no Mercosul". "O dialogo existe. Sem pressa, sem a preocupação com as questões eleitorais dos nossos países".
Lula lembrou que o ministro das Minas e Energia e o presidente da Petrobras acabam de ir à Bolívia. (o chanceler) Celso Amorim acaba de ir a Bolívia. Agora vai uma outra equipe técnica. As coisas estão acontecendo".
Sobre as reclamações do Paraguai em relação ao tratado que rege a represa paraguaio-brasileira de Itaipu, Lula disse que ùos títulos são do Tesouro Nacional e da Eletrobras. O dinheiro do Brasil não é meu".
"Se o Paraguai tem problema no seu desenvolvimento, nós temos que ajudá-lo. Não teremos solução para o Mercosul se ficarmos jogando os nossos problemas nas costas dos outros".
"O Brasil não promete. Fala as coisas que pode fazer baseado na legalidade do nosso pais", destacou Lula.
Segundo o presidente, "os países maiores têm que ter a sabedoria de conviver com os pleitos e as reivindicações dos países mais pobres". "Argentina e Brasil, nós temos a obrigação de ajudar os países mais pobres a se desenvolverem".
Sobre a ampliação do Mercosul, Lula disse que "nós queremos que outros países entrem no bloco e que ele seja cada vez mais forte". Perguntado sobre as conseqüências para o Mercosul do conflito entre Caracas e Washington, Lula respondeu que trata-se de "uma guerra verbal entre os dois paises", e lembrou que "a Venezuela não deixou de vender nem um litro de petróleo sequer (para os EUA). As divergências são um problema dos países".