A agência da Organização das Nações Unidas (ONU) encarregada da alimentação anunciou hoje um "apelo emergencial extraordinário" para os países doadores. A entidade pediu doações no valor de US$ 500 milhões para evitar interrupções em suas operações globais, por causa do aumento dos custos da comida e do combustível. A entidade Programa para a Alimentação Mundial, sediada em Roma, informou ter enviado uma carta aos governos pedindo dinheiro até 1º de maio. Caso contrário, será necessário fazer cortes em programas de alimentação em algumas das regiões mais pobres do mundo. Segundo funcionários do órgão, o buraco no caixa aumenta a cada semana.
A agência estima que apenas na região sudanesa de Darfur ela precise prover comida emergencialmente a 3 milhões de pessoas diariamente. A organização provê comida para 70 milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo a diretora-executiva da entidade, Josette Sheeran, dependendo do tamanho do rombo, pode haver "um efeito bastante dramático" para os que receberiam o auxílio.
Josette afirmou que o Afeganistão está entre as nações mais vulneráveis. Segundo ela, houve um aumento de 40 pontos porcentuais no custo do combustível e em commodities como grãos desde meados de 2007. Ela também já havia pedido aos governos para lidarem rapidamente com o tema do aumento dos custos da comida. Josette citou conflitos recentes por comida em Burkina Faso, Camarões, Senegal e Marrocos.