Pelo menos 66 pessoas morreram e 98 ficaram feridas no atentado considerado um dos mais sanguinários desde o começo do ano com carro-bomba, neste sábado, em um mercado de Sadr City, bairro xiita de Bagdá, informou o vice-ministro da Saúde, Sabah al-Hussaini. Num outro episódio de violência, uma deputada sunita foi seqüestrada junto com seus oito guarda-costas.
"Alguns feridos estão sendo levados para hospitais", disse o vice-ministro, para quem o atentado deste sábado foi executado com uma caminhonete-bomba.
A violência coincidiu com a chegada do primeiro-ministro Nouri al-Maliki à Arábia Saudita, primeira etapa de uma viagem que o levará aos Emirados Árabes Unidos e ao Kuwaït, onde vai tentar obter apoio para seu plano visando a inserir sunitas radicais no processo político.
"Segundo o vice-ministro da Saúde, o atentado foi cometido numa hora de grande afluência, causando enormes destruições no mercado de Sadr City, o grande bairro xiita de Bagdá.
O atacante suicida dirigia uma caminhonete cheia de explosivos dissimulados sob caixotes de frutas.
Cerca de 20 carros foram destruídos assim como cinquenta barracas e apartamentos. Estilhaços de vidro se misturavam a poças de sangue.
A explosão aconteceu apesar de um dispositivo de segurança que mobiliza em Bagdá mais de 50.000 homens, entre eles policiais e soldados iraquianos, assim como militares americanos.
A deputada sunita Taysir Najah Awad al-Machhadani foi seqüestrada por homens armados neste sábado, em Bagdá, junto com membros de sua escolta, informaram fontes políticas e da segurança.
"A deputada da Frente Nacional da Concórdia foi capturada no bairro Chaab, junto com seus seguranças".
A Frente é o principal bloco parlamentar de árabes sunitas, e é representada por 44 dos 275 deputados do Parlamento.
Segundo pessoas ligadas à sua família, um dos guardas conseguiu fugir. Com cerca de 30 anos de idade, mãe de dois filhos, ela é engenheira de uma empresa pública sediada em Baaquba, a 60 km ao norte de Bagdá.