As sanções mais duras contra a Coreia do Norte seguem válidas até que o país conclua totalmente o processo de desnuclearização, afirmou o secretário de Estado americano, Mike Pompeo. Informação seria diferente da fornecida pela imprensa norte-coreana, a qual disse que o processo seria gradual e recíproco.
O presidente americano Donald Trump e o líder norte-coreano Kim Jong-un divulgaram um comunicado conjunto após o encontro realizado em Singapura, reafirmando o comprometimento de Pyongyang “em trabalhar para uma total desnuclearização da península coreana”, enquanto Trump está comprometido em prover garantias de segurança. Após se encontrar com o secretário de Estado chinês, nesta quinta-feira, 14, Mike Pompeo afirmou que Washington “deixou bem claro que o alívio econômico e a suspensão das sanções serão recebidas pela Coreia do Norte apenas após a total desnuclearização do país”.
Pompeo também afirmou que China, Japão e Coreia do Sul concordam que houve uma virada no tema da península coreana, mas os três concordaram que as sanções precisam ser mantidas. Após o encontro da última terça-feira, a China chegou a sugerir que sanções internacionais contra seu vizinho e aliado poderiam ser suspensas.
“A China reafirma seu compromisso de honrar as resoluções do Conselho de Segurança da ONU. O país concorda com os termos de alívio contidos nela e também da sua consideração no momento certo”, afirmou Pompeo, enquanto estava ao lado do diplomata chinês, Wang Yi.
Wang afirmou que a China apoia a desnuclearização da península coreana e Beijing continuará desempenhando um papel construtivo durante o processo. Ele afirmou ser impossível resolver esse impasse do dia para a noite.
Processo completo
Na manhã desta quinta, Pompeo afirmou, após encontro com o presidente da Coreia do Sul e o ministro das Relações Exteriores do Japão, que “a desnuclearização completa será feita, só depois as sanções serão aliviadas”.
A imprensa norte-coreana informou na última quarta-feira que Trump e Kim haviam indicado o processo de “passo a passo e ações simultâneas” para alcançar a paz e total desnuclearização da península.
O comunicado do encontro não deixou claro quais seriam as medidas tomadas pela Coreia do Norte para abrir mão de suas armas nucleares e como todo esse processo seria verificado pelos Estados Unidos.
Grupos céticos em relação aos avanços alcançados após o encontro entre os dois líderes afirmam que a visão do líder coreano é a de que as armas nucleares são peça fundamental contra os planos dos Estados Unidos de enfraquecer o país e promover a unificação da península coreana.