A agência humanitária Oxfam alertou seus colaboradores que precisa encontrar urgentemente cerca de US$ 21 milhões em economias e reduzir drasticamente a quantidade de programas contra a pobreza para poder lidar com as perdas que aconteceram depois de se envolver em um escândalo sexual no Haiti, de acordo com reportagem do jornal britânico The Guardian.
Um documento que circulou internamente na semana passada, produzido pelo chefe-executivo, Mark Goldring, afirmava que a agência “terá que economizar um valor considerável para recolocar a agência em um caminho mais estável e sustentável”.
O documento de sete páginas, classificado como confidencial, afirma “ser claro que nossos programas serão reduzidos substancialmente para este ano e também para o próximo. Isso significa realizar escolhas difíceis”. O documento também afirma que a perda de empregos “é inevitável”. A venda de lojas de rua e a redução no número de países em que a Oxfam atua são medidas que estão sendo consideradas.
A agência humanitária tem lutado para recuperar a confiança do público, do governo britânico e de seus doadores após ter sido acusada de ter funcionários que utilizaram garotas de programa durante uma missão no Haiti, após um terremoto ter atingido o país em 2010. A Oxfam não conseguiu fornecer detalhes da conduta incorreta adotada por seus funcionários para a Comissão de Caridade, que iniciou uma investigação.
Esta semana, o Haiti baniu a Oxfam de operar no país, afirmando que a agência infringiu as leis do país “e rompeu com os princípios da dignidade humana”. A revelação também suspendeu temporariamente o financiamento feito pelo Departamento Internacional de Desenvolvimento.