O vírus já deixou 18 mortos | Noel Celis | AFP
A China confinou nesta quinta-feira, 23, cerca de 20 milhões de pessoas na região de Wuhan, onde surgiu um novo vírus que já deixou 18 mortos e que começou a se espalhar pelo mundo, gerando mobilização das autoridades sanitárias internacionais. Desde às 10h (horário local), nenhum trem ou avião deixou Wuhan, metrópole de 11 milhões de habitantes situada no centro da China. Os pedágios nas saídas da cidade estão fechados.
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Devido a preocupação, a Cidade Proibida de Pequim, antigo palácio dos imperadores, anunciou seu fechamento até nova ordem, para evitar qualquer risco de contaminação entre os visitantes.
As autoridades chinesas anunciaram nesta quinta, a primeira morte por causa do novo coronavírus fora de Hubei, local de origem da infecção.
A Comissão de Saúde da província de Hubei, situada na zona limítrofe com Pequim, informou em comunicado que um homem de 80 anos, diagnosticado com o novo vírus, morreu na última quarta-feira, aumentando o número de mortos para 18.
Esta metrópole às margens do rio Yangtzé é o epicentro da epidemia que, desde dezembro, infectou mais de 570 pessoas. Cerca de cinco mil pessoas estão sob vigilância médica.
Em Wuhan, "os moradores não devem deixar a cidade sem uma razão específica", anunciou o organismo responsável pelo combate à epidemia no nível municipal. Essa decisão foi tomada para "impedir efetivamente a propagação do vírus", disse.
A cidade vizinha de Huanggang, de 7,5 milhões de habitantes, também foi colocada em quarentena. O tráfego ferroviário foi interrompido até novo aviso.
Com 1,1 milhão de habitantes, a vizinha Ezhou já fechou sua estação.
A oeste, uma outra localidade, Xiantao, fechou os acessos a uma auto-estrada, e ao sul, Chibi, suspendeu o transporte público. Essas duas cidades somam 2 milhões de habitantes.